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FELIZ ANO NOVO, PAI NATAL!

Ouvir a História

Locução: Alexandre Honrado
Letra e Música: Pedro Branco

História em Língua Gestual

Ler a História

– Música, alegria, uma fatia de bolo e talvez uma sangria!
O Elfo parecia contentíssimo e não parava de tagarelar, de cantar, de falar com os seus botões:
– Nada há como a época do Natal. Os dias parece melhores, as luzes brilham mais, os sons são perfeitos.
– Aiiiii!
– Ai que som tão imperfeito!
– Ando para aqui que pareço um avozinho vencido pelos anos!
– Então, Pai Natal, como é que é?
– Queixo-me. Das costas, dos pés, dos joelhos, só me apetece ficar sentado, num canto quentinho, a comer umas bolachinhas. Estou que nem um avozinho reformado.
– Mas tu és o avozinho. E até os avozinhos reformados têm genica e faze coisas maravilhosas. Como, aliás, é a tua tarefa!
O Pai Natal abriu muito os olhos e acabou por concordar com o Elfo.
– Tens razão. Sou uma espécie de avozinho das crianças que acreditam em mim.
– Isso é que é falar. Isso…inspira-me. Vou cantar.
– Elfo Baixinho! Caladinho! Não me enerves. Não me irrites! Não me estragues o espírito natalício. Estou pelos cabelos e pela barbas com essas tuas cantorias!
– Mas eu queria tanto, tanto, cantar. Gosto. E tenho de treinar. Vou inscrever-me no ETT, o Elfos Têm Talento. É o melhor programa de TV para Elfos talentosos e alguns gnomos armados em Elfos. Quando me ponho a cantar, ninguém reconhece a minha voz.

(CANTA)

– Elfo Baixinho! Caladinho! Pelo enos podias cantar uma canção de Natal. A todos um bom natal etecetra e tal, etecetra e tal.. Ou então, Tudo o que eu quero para o Natal és tu. Tu, se não cantares.
– Estás a limitar a minha liberdade de expressão.
– Estou a defender o Mundo. Tu e a tua voz deixa pegadas ecológicas sonoras muito difíceis de limpar.
E agora, vamos ao trabalho.
– Estou farto de embrulhos. E de embrulhar prendas. E de teres reduzido o pessoal. Agora em vez de Elfos tem um Elfo para todo o serviço. Bem ser que sou o melhor…
– O melhor a fazer barulho!
– O melhor! O mais barato. É uma injustiça.
– Injusto é o mundo que está em crise! Nem todos têm trabalho, nem todos têm presentes.
Ninguém liga ao pai natal, porque há coisas muito mais importantes.
– Podemos mudar isso!
– Mudar? O Natal? Qual é a tua ideia? Passamos para o verão? Achas que é essa a solução?
– Podemos modernizar isto. E vez de presentes podíamos oferecer…
– O quê???
– Canções. Podíamos oferecer canções.

(CANTA)

– Elfo Baixinho! Caladinho! Por favor. Estou com uma enorme, gigantesca, insuportável dor de cabeça.
– É por causa desse barrete. Dois números abaixo e enterrado nessa cabeçorra cabeluda!
E se mudasses para um boné? Com a pala para trás, estás a ver, man? À maneira!
– Estás bem? Onde é que vais buscar tantas asneiras para dizer em tão pouco tempo?
– Rapavas o cabelo, que está na moda rapá-los. Assim pareces uma senhora idosa.
– Elfo Baixinho, estou a perder a paciência!
– É dos carecas todos gostam mais. Isso inspira-me.

(CANTA)

– Elfo Baixinho! Caladinho!
– Olha bem para ti. Trabalhas sentado. Ou é a embrulhar brinquedos ou a passear de trenó.
E essa barriga! Isso já não se usa! Agora há caminhadas, escaladas, ginásios, corridas, surf, bailaricos.
– Não querias mais nada?
– Queria que o trenó não rangesse como se se fosse partir, mal tu entras lá para dentro. As renas estão sempre a protestar.
– Elfo Baixinho!!! Vou despedir-te com justa causa… E janeiro.
– Faço greve antes disso. Tens de embrulhar tudo sozinho e carregar sozinho os embrulhos, e descer pela chaminé sem a minha ajuda, porque sozinho não consegues lá entrar, ficar apertado e…Toma e embrulha.
– Cala-te. Deves julgar que és muito importante.
– Isso…inspira-me.

(CANTA)

– Não aguento este Elfo!
– Só porque te recomendo dieta? Alimentação cuidada? Exercício, movimento, saúde?
– Porque és falador, linguareiro e muito cansativo.
– Também dava um toque nessa roupa. Vermelho e redondo pareces um semáforo a mandar parar o trânsito. Vamos pensar e tons azuis ou laranja ou amarelo?
– Elfo! Deixa-te de modas…
– E essas botas? Há ténis tão confortáveis e tão giros!
– Vai dar uma volta e volta só para o ano!
– E quem é que dava uma bela prenda ao Pai Natal, não me dizes?
– Uma prenda? Sabes que dou prendas, não as recebo.
– Mas gostavas, não gostavas? Tenho uma prenda preparada que nem precisa de embrulho. Escuta.

(CANTA)

– Socorro, tire-me desta história.
– Não podes. És o pai Natal! Se ti o Natal perde metade da piada. Digamos que és tu quem lhe dá peso…
– Elfo, eu já ando cansado e tristonho, não abuses.
– Tenho a solução. Uma canção de Natal para cantar de janeiro a dezembro.
– Bom, se insistes.
– Insisto. Bom natal e feliz ano novo.
– É isso mesmo, o que nós precisamos é de um ano novo feliz.

ELFO CANTA

Fim.

Alexandre Honrado

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Vem Dançar e Cantar

De cá para lá

De cá para lá
De lá para cá
Segue assim o mundo
Se eu não estou cá

A cor dos meus olhos

Não me tiram esta cor
Que tenho nos meus olhos
Se é assim o meu amor
Eu vejo com os meus olhos

Qualquer coisinha…

Qualquer coisinha
Me sabe tão bem
Cantar na cozinha
No banho também

Voltas que se dão

Voltas que se dão
Tantas voltas que se dão
Só para se ser feliz
Aquece o coração

Guerra e Paz

Guerra e Paz

Qual o valor da terra
Se dá flor para murchar
Qual o sabor da guerra
Quando a paz se ganha a matar

25 de Abril

Liberdade

A minha voz
Tem os sonhos a girar
A minha pele
É janela colorida

Qual?

Qual é a cor
Que trazes para mim
Será que tem princípio?
Será que tem fim?

Olha para mim

Olha para mim
Que estou aqui
P´ra te cantar
Sabes mesmo assim

Dar a volta ao mundo

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

Ninguém à janela

Quando olho para ti

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

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