Ler a História
Não sei bem como explicar isto.
É como se cem mariposas quisessem crescer dentro do mesmo casulo:
Não cabes aqui,
Chega-te para lá,
Este é o meu lugar.
E de repente andam todas à bulha e todas a pensar que têm razão.
É assim que começam as guerras. Uns de um lado, outros do outro, a primeira discussão leva à segunda discussão e de repente anda tudo aos tiros, há feridos pelo chão e mortos que nunca mais voltam para os seus amigos, as suas famílias, as suas formas de fazer a paz, que essa é o oposto da guerra e permite sempre coisas maravilhosas.
A paz é como mariposas a saírem de casulos enchendo de cor os ares, assim a parecerem-se com flores a voar.
Na guerra, na guerra a sério, nada é como nos filmes e nas brincadeiras com armas a fingir.
A guerra, a zaragata, a pancadaria, o conflito, a agressão, a violência são coisas iguais entre si. São a vergonha dos seres humanos, são tiros nos sorrisos, são explosões de lágrimas.
Às vezes as pessoas são arrastadas para a guerra. Porque um chefe comandou para o lado errado, porque alguém mandou obedecer. Uma coisita qualquer e pronto, vira-se tudo ao contrário.
O mundo sempre teve guerras. Mas a coisa mais extraordinária é que também sempre teve paz que é a única forma extraordinária de acabar com as guerras.
Alexandre Honrado
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