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O PRÍNCIPE ORELHUDO

Ouvir a História

Locução: Alexandre Honrado

História em Língua Gestual

Ler a História

Dizem que num país LONGE DAQUI vivia uma rainha, um rei e a partir de certa altura também um pequeno príncipe. O pequeno príncipe tinha tudo: brinquedos, roupas, telemóveis, jogos de consola e as maiores orelhas que já se tinham visto naquele país gigante. O pequeno príncipe usava chapéu e cabelos compridos, mas qual quê, as orelhas saíam do chapéu, afastavam os cabelos, apareciam e toda a parte. Nas festas, tinham de reservar quatro lugares na sala: o rei, a rainha, o principezinho, as orelhas. Se andava de avião, marcava dois lugares, se andava de barco, não precisava de remos. Se a imprensa fotograva o principezinho, as orelhas ocupavam a capa das revistas e dos jornais. Se era a televisão que vinha gravá-lo, transmitiam a reportagem em episódios, para lá caber o príncipe e depois as orelhas. Muito depressa o principezinho descobriu que ouvia como ninguém. Sabia os segredos todos do país. E tinha um enorme jeito para a música. Apanhava tudo de ouvido, como se costuma dizer, era um orelhudo. Decidiu fazer uma banda. Procurou no seu país e nos países alheios quem quisesse entrar no seu projeto. Arranjou um saxofonista, com um nariz enorme, o pianista com as maiores mãos do mundo, um trompetista com um beiço daqui até lá baixo. Um guitarrista, que não tocava com os pés, tinha-os quase do tamanho do palco. Calçava sapatos feitos por encomenda. E que músicas tocavam! Nunca se ouviu nada assim. O príncipe cantava, e abanava as orelhas, e nos dias de verão produzia um vento fresquinho daqueles que tanto gostamos e que parecem vir das orelhas de alguém que faz o favor de nos refrescar!

Alexandre Honrado

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Vem Dançar e Cantar

De cá para lá

De cá para lá
De lá para cá
Segue assim o mundo
Se eu não estou cá

A cor dos meus olhos

Não me tiram esta cor
Que tenho nos meus olhos
Se é assim o meu amor
Eu vejo com os meus olhos

Qualquer coisinha…

Qualquer coisinha
Me sabe tão bem
Cantar na cozinha
No banho também

Voltas que se dão

Voltas que se dão
Tantas voltas que se dão
Só para se ser feliz
Aquece o coração

Guerra e Paz

Guerra e Paz

Qual o valor da terra
Se dá flor para murchar
Qual o sabor da guerra
Quando a paz se ganha a matar

25 de Abril

Liberdade

A minha voz
Tem os sonhos a girar
A minha pele
É janela colorida

Qual?

Qual é a cor
Que trazes para mim
Será que tem princípio?
Será que tem fim?

Olha para mim

Olha para mim
Que estou aqui
P´ra te cantar
Sabes mesmo assim

Dar a volta ao mundo

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

Ninguém à janela

Quando olho para ti

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

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