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NÃO ME CHAMEM BRUXA

Não me chamem Bruxa

Ouvir a História

Locução: Teresa Silva

História em Língua Gestual

Ler a História

Carla Vanessa nunca gostou de chamar-se Carla e muito menos Vanessa.
Era uma jovem delicada e bonita, mas nunca quis ser delicada e menos ainda bonita.
O que mais queria na vida era ser bruxa. Já quisera ser bailarina, esteticista, enfermeira, malabarista, baterista, e agora queria ser bruxa.
Começou por dizer a toda a gente que se chamava Cassandra. Ninguém gostava de tratá-la assim, por Cassandra.
– Carlinha filha, minha querida Vanessa, não me habituo a chamar-te Cassandra. Anda para a mesa que o almoço está à espera.
– Vou ter de mudar a minha alimentação. Não sei o que comem as bruxas, mas não creio que gostem de puré de batata e essas coisas.
Carla Vanessa, agora Cassandra, andava por toda a parte a dizer que era bruxa e só ouvia:
– As bruxas não existem!
– Existem! Olhem para mim!
Olhavam e pensavam: que jovem delicada e bonita, nunca será uma bruxa, dessas das histórias.
Numa história foi a Carla Vanessa, agora Cassandra, encontrar ensinamentos. A roupa tem de ser rota e suja; com saia comprida, sapatos rotos e em bico, um chapéu muito alto na cabeça. E uma vassoura, e um caldeirão.
– Uma vassoura? Não preferes um aspirador?
Carla Vanessa agora Cassandra arranjou vassoura, mas que não voava. E um caldeirão, mas não tinha livro de receitas. Procurou na Internet alguma coisa que servisse. Arranjou ingredientes, batata, cenoura, cebola, uma pitada de sal. Não tinha asa de morcego, nem pó de baratas. Mas lá conseguiu fazer alguma coisa.
– Esta minha filha fez uma sopa deliciosa – disse o pai.
– Tem mãos de fada – disse a mãe. Carla Vanessa ficou tão triste que mudou o nome para Carla Vanessa, que afinal já era o seu. E arrumou a vassoura e o caldeirão ao pé do chapéu em bico, do vestido e dos sapatos rotos.

Alexandre Honrado

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Vem Dançar e Cantar

De cá para lá

De cá para lá
De lá para cá
Segue assim o mundo
Se eu não estou cá

A cor dos meus olhos

Não me tiram esta cor
Que tenho nos meus olhos
Se é assim o meu amor
Eu vejo com os meus olhos

Qualquer coisinha…

Qualquer coisinha
Me sabe tão bem
Cantar na cozinha
No banho também

Voltas que se dão

Voltas que se dão
Tantas voltas que se dão
Só para se ser feliz
Aquece o coração

Guerra e Paz

Guerra e Paz

Qual o valor da terra
Se dá flor para murchar
Qual o sabor da guerra
Quando a paz se ganha a matar

25 de Abril

Liberdade

A minha voz
Tem os sonhos a girar
A minha pele
É janela colorida

Qual?

Qual é a cor
Que trazes para mim
Será que tem princípio?
Será que tem fim?

Olha para mim

Olha para mim
Que estou aqui
P´ra te cantar
Sabes mesmo assim

Dar a volta ao mundo

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

Ninguém à janela

Quando olho para ti

O que é meu
O que é teu
Já não sei
Não sei bem

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